30 de dez. de 2011

Hello,sunshine


Aprovação no vestibular, intercâmbio, novas amizades, novos lugares, novas quedas e subidas, aproximação familiar, começo de nova faculdade, novas lágrimas, novos sorrisos, novos corações, novas experiências,  novas saudades, novas sensações, saúde mental cada vez melhor, novos erros, novos acertos, mais disposição, mais força, mais entusiasmo, mais vontade de viver. Acho que esse foi meu 2011.

Lembro muito bem que no último post do ano de 2010 eu pedi que este ano que agora termina fosse o oposto do ano passado. Ele não só atendeu ao meu pedido, mas também me proporcionou coisas as quais guardarei para sempre comigo. Foi tudo muito atípico e surpreendente pra mim,  coisa que chega a assustar.

Mas como nada é um mar de rosas, 2011 também teve suas dificuldades, mas aacredito que  diferença em relação a 2010  foi a força em enfrentá-las que esteve bem maior dessa vez. E é só o que eu faço questão que permaneça comigo.

Enfim, outra coisa que eu gostaria de ter é mais fé. Meu pessimismo ainda consegue me atrapalhar um bocado, seja nas coisas mais simples que faço no meu dia-a-dia até quando estou tentando solucionar os problemas mais complexos e quando essas complexidades aparecem fica sempre mais difícil superá-las...Portanto, força e fé, estejam sempre comigo.

E que o ano que vem a seguir possa ser pelo menos metade do que 2011 foi; já estarei muito realizada se isso acontecer.

26 de dez. de 2011

Fazendo a lição de casa


Trocar o compasso e a régua pelo jaleco e as infinitas fichas de estudo nunca foi tão compensador. Sim, esse primeiro período me fez sentir realmente uma universitária, pude-me sentir como se pertencesse a algum lugar, não mais uma estranha perdida no ninho alheio. Foi estranho e ao mesmo tempo surpreendente, dado o medo que sinto até hoje de que essa nova fase também não dê certo.

E esse medo travou-me pelo menos nas duas primeiras semanas de aula, o desespero era tão grande que eu não sabia pra onde ir, o que estava fazendo ou até mesmo se eu estava louca de ter feito uma mudança tão radical. O começo foi difícil, mas respirei bem fundo e fui me acalmando aos poucos. A necessidade de acompanhar o ritmo pesado de aulas e estudos ajudou um bocado no processo.

Com o passar das semanas já estava com horário de estudo montado e seguindo uma rotina cansativa, porém completamente diferente do que já tinha feito anteriormente no outro curso. E fui gostando dessa mudança, passando a me dedicar cada vez mais a cada dia que passava. E nesse meio tempo fui fazendo novas amizades.

As dificuldades foram muitas, sofri bastante pra adquirir um ritmo que pudesse acompanhar as aulas e conteúdos, mas é assim que se constitui a vida de um universitário, ainda mais de um curso de saúde, onde não há outra opção a não ser meter a cara nos livros. Mas nada disso fez com que eu parasse; só aumentou minha vontade de melhorar mais ainda.

E eis que surgem as primeiras notas...Umas excelentes, outras nem tanto, mas a sensação de que meu esforço estava sendo, de alguma forma, recompensado foi gratificante demais. Antes achava que não tinha capacidade nem pra passar num vestibular de Odontologia, e encontrar-se dentro dele um ano depois passando por tudo isso gerou um sentimento muito bom dentro de mim que quero mater pelo maior tempo possível. É algo o qual não conhecia.

Meses de correria, noites mal dormidas, finais de semana dedicados aos livros e muito stress até que eu consegui concluir o primeiro período com 100% de aproveitamento, ficando de férias logo e satisfeita com os resultados obtidos, apesar de achar que eles poderiam ter sido melhores, mas enfim!Tenho nove períodos ainda pela frente para poder continuar exigindo o máximo da minha pessoa.

Medo? Sim,muito ainda, pois os primeiros períodos são do ciclo básico, com cadeiras comuns aos vários cursos da área, mas um pouquinho mais otimista em relação ao que fazia antes; no primeiro dia de aula já senti que havia algo de errado. Nesse meu novo primeiro dia eu senti muito medo, mas de fracassar, e isso está sendo aos poucos dissipado. Não sinto algo de errado, não mais.

Enfim, tenho que agradecer a muita gente que torceu por mim nesse novo começo, que acredita que eu possa fazer diferente e melhor desta vez e que continua me apoiando incondicionalmente. Obrigada! Só espero (muito) que essa sensação boa persista e que eu possa continuar essa nova etapa ainda mais animada e realizada em relação a esse período que passou.

Presente de Natal?Não,obrigada.

25 de nov. de 2011

Não vamos nos iludir



"Wake up lonely with you by my side
One more night it doesn't feel.
There are movies playing in your eyes
You dream of our fortunes

But you're wrong
I don't belong to you.

The moon is the only friend I have outside
One more drink and I'll be healed.
I told you the words and then knew it was a lie
I wish I could offer an appeal.

You're wrong
I don't belong
You're wrong
I don't belong to you.

What I'd give for that first night when you were mine
Tried with all that I have to keep you alive.

I wasn't taught this way
With a thousand things to say
I was born with a broken heart.
What I'd give for that first night when you were mine
Thought you were mine.

So I'll put this cigarette to bed
Pull some sheets from off your side.
I put my arm around you safe in the night
Still dreaming of fortune
But you're wrong
I don't belong..."


- Cary Brothers - Belong

7 de nov. de 2011

"A linha do horizonte me distrai..."





Falaram-me que era apenas uma questão de tempo e essa dor ia passar e virar só saudade. Mas agora eu  sou só saudade e só dor ao mesmo tempo. Falaram-me também que eu iria lembrar com sorrisos daqueles momentos mais gostosos, mas são as lágrimas que me dominam por saber que não mais terei tais momentos com ela. Falaram-me pra seguir com minha vida, pois isso seria exatamente o que ela gostaria que acontecesse; posso até ter feito isso, mas a falta dela ainda me afeta de um jeito ou de outro em cada dia do meu caminho. É como andar faltando um pedaço do seu sapato ou numa corda bamba na iminência de sempre cair. E ter a triste consciência de que não vai ter alguém pra te segurar lá embaixo.

Tantas coisas foram faladas, tantas palavras de conforto, de carinho. A única coisa que me conforma é saber que ela está bem longe dessa porcaria de lugar, só isso. E foi nessa porcaria de lugar que ela me ajudou a ser o que sou e se esse mundo foi um pouco menos ruim, foi por causa dela. E é por isso que sempre direciono a maioria dos pensamentos para ela. É o mínimo que posso fazer agora: manter viva a lembrança de uma pessoa que foi só amor desde sempre; dizer "do começo ao fim" é errôneo, tudo isso foi apenas uma breve despedida ( pelo menos é o que tento colocar na minha cabeça).

Não adianta dizer que o tempo cura tudo, certas coisas só se "curam" com amor e eu sei que vai ser esse amor dela que vai me manter seguindo quando a saudade e a dor tentarem tomar conta da situação. Um amor que foi capaz de perdoar tanta coisa, compreender o que muitos julgariam, cuidar de quem não queria receber cuidados, sustentar os alicerces de uma família tão complicada. E é isso que eu quero ter pra mim, uma das maiores lições que ela pôde me dar enquanto foi minha segunda mãe e meu segundo pai. Não, o tempo não cura tudo; um ano se passou e parece que estou recebendo a notícia de sua partida agora.

Só quero ser um dia a metade da pessoa que ela foi, viver metade do amor que ela viveu com o seu Antônio, ter metade da felicidade que ela teve com as coisas mais simplórias que possam existir, ter metade da força que ela teve ao perder vários filhos ainda pequenos, ter metade da quantidade de pessoas que se importavam tanto com ela...Serei realizada demais com isso.

Palavras ridículas como essas não expressam o que eu estou sentindo agora e muito menos são capazes de mensurar o quanto eu amo essa pessoa tão linda. Eu apenas queria que ela soubesse o quão importante ela foi e continua sendo para mim e que até quando não puder mais eu vou utilizar dessas ridículas palavras para tal. 

1 de nov. de 2011

Lembra de mim?



Por que oficialmente temos apenas "um dia" no ano destinado à lembrança daqueles que fizeram sua passagem? Não pensamos nessas pessoas que amamos todos os dias? Essas pessoas que se dedicaram a vida inteira por nós, fizeram parte dos nossos melhores e piores momentos, estiveram do nosso lado até o fim merecem realmente ter apenas um dia para serem lembradas? Um dia para rezarmos por elas, irmos à igreja, levar flores e seja lá o que for?

Temos que seguir com nossas vidas, não precisam-me dizer isso. Mas é que tantas vezes nos preocupamos com coisas tão banais, mundanas e fúteis que esquecemos o quanto certas pessoas se doaram por nós. E achamos que a morte foi o fim de tudo. E nos damos o direito de dedicar nossos pensamentos e energia para essas pessoas por apenas um dia.

Eu não consigo entender isso, a saudade vai estar ali até o nosso fim. E quem garante que aqueles que se foram não estão precisando de uma oração a mais, um pensamento a mais, qualquer atitude mínima que seja, para continuarem nos acompanhando? Essa oração a mais deve ser feita apenas no dia 2 de novembro ou no aniversário de morte? Foi apenas uma passagem e não um capítulo finalizado, penso eu.

Chorando ou sorrindo, todo dia é dia de saudade. O que muda é o modo como lidamos com ela no decorrer do tempo.

23 de out. de 2011

Don't count on me


"A solidão às vezes é tão nítida como uma companhia. Vou me adequando, vou me amoldando. Nem sempre é horrível. As vezes é até bem mansinha. Mas sinto tão estranhamente que amor acabou. [...] Repito sempre: sossega, sossega — o amor não é para o teu bico..."
-
Caio Fernando Abreu, "Carta a Jacqueline Cantore".

15 de out. de 2011

My empire of dirt


Por que as pessoas insistem em mentir e magoar as outras pessoas? Por que dizem que você é muito especial para elas mas isso não significa nada pra você? Por que se recusam a te ajudar quando elas são as causadoras dos seus problemas? Por que acham que te entupir de remédios, te colocar numa terapia e te dar presentes vai resolver tudo? E por que ficam chateadas quando notam que você está mais intrigado e que vive questionando as coisas ao seu redor? Por que se recusam a ouvir os seus pensamentos e ver os seus sinais? Por que ignoram suas tentativas de mudar qualquer coisa que seja? E por que aqueles que deviam estar aqui por você simplesmente sumiram?

Porque simplesmente essas pessoas estão acomodadas enquanto você carrega o peso por elas. É muito mais fácil jogar a bomba pra você e contarem com o seu silêncio, enquanto esse silêncio definha você por dentro. E você está só, desejando mais do que tudo importar para alguém, importar de verdade.

O que você pode fazer é apenas utilizar o que você possui e não possui para se livrar de tudo isso e ir embora. Ou não. Não se sabe nem como agir agora. E o que mais revolta é o fato de que ainda somos dependentes dessas pessoas que nos amam. Mas elas vão notar, de um jeito ou de outro. Só é preciso arrumar um jeito para tal.

1 de out. de 2011

90 anos e suas 45 lições


Regina Brett, 90 anos de idade, assina uma coluna no jornal The Plain Dealer em Cleveland, Ohio: "Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi." E lá vão elas:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno.

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.

10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20 Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic.  Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir  roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você...

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos  nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

18 de set. de 2011

Eu te amo! (?)


Já dizia Tom Jobim: "É impossível ser feliz sozinho". Realmente sozinho, só, forever alone fica difícil de viver, mas aí isso vai depender do tipo de companhia na qual se pretende falar. Prefiro muitas vezes falar: "Antes só do que mal acompanhado(a)", até porque não precisamos somente daquele alguém pra vivermos felizes e contentes, senão a presença dos amigos, da família e até do seu cachorro seria totalmente irrelevante para todos nós.

Mas é o que justamente muita gente deixa acontecer e isso não é pouco comum; já vi um bocado de amigos abdicando totalmente do seu círculo de amigos e alienando-se do que se passa na própria casa em prol do relacionamento perfeito. Mas que raios de relacionamento é esse onde não há divisão das coisas?

Naturalmente, quando se está com alguém especial, você conta as horas pra vê-la novamente quando se despede da mesma, quer ligar toda hora, ficar junto; afinal é com ela que tudo parece ser melhor e ter algum significado; "E vejo flores em você". Mas quando isso deixa de ser saudável, perde-se totalmente o equilíbrio das coisas e você passa a viver em função daquele relacionamento como se fosse a última coisa que fosse capaz de dar sentido a sua vida. Então tudo começa a se distorcer, porque nem sempre a outra pessoa pensa a mesma coisa que você, mas passa a se aproveitar disso.

Quantas e quantas vezes já dei meu ombro por conta de amigas que passaram tipo um ano sem praticamente falar comigo e depois que o namoro,rolo,seja lá o que for terminou tiveram seus mundos destruídos e tiveram que contar comigo e com a turma para juntar os cacos? Fico muito chateada quando isso acontece pois são tantas expectativas jogadas fora, tantas conversas e conselhos dados, vejo gente se dando tanto pra nego que não vale a roupa que veste e parece que um mês depois a história acaba-se repetindo.

Não estou aqui no papel de perita de relacionamentos, de forma alguma, já fiz besteira até demais e até hoje não sei bem equilibrar as coisas, mas tento manter a consciência de que isso é fundamental se eu não quiser ficar dependente de alguém como acontece quase sempre com o pessoal. É tanta coisa pra ser levada em consideração que nem sei se vou conseguir concluir meu raciocínio.

Estaremos sempre passíveis de cometer erros e nos relacionamentos isso não poderia ser diferente. Há quem diga que quem escolhe muito acaba sozinho, quem não vai a luta atrás acaba encalhado, quem muito corre atrás acaba levando toco e por aí vai. Engraçado mesmo é conversar com vários amigos sobre aquela pessoa e escutar 3232919238000 conselhos diferentes. É de endoidar o cabeção, mas tente seguir sua cabecinha, porque mesmo você errando, a consequência do erro será sua e não é possível que um dia você não aprenda.

Outra coisa: sinta-se bem primeiro com você mesmo, não ache que só porque está com alguém todos os seus problemas mais obscuros irão embora; eles podem ser aparentemente amenizados ou atenuados, o que é muito pior.

Aprenda a gostar da sua pessoa, isso é essencial; pessoas com amor próprio sabem os limites das suas atitudes mesmo quando o coração quer falar mais alto. Os filmes são bonitinhos, mas nem sempre a arte imita a vida, ou melhor, a realidade.

Acho importante sentir-se seguro perto da outra pessoa, sentir firmeza nas atitudes dela, ter confiança mesmo. Algo o qual me assustou um dia desses foi escutar minha amiga dizendo que se o namorado dela terminasse tudo, ela não saberia o que fazer da vida, que sempre tem medo de que ele queira terminar o namoro; em quase todas as brigas ela tem uma crise e acha que eles vão terminar; é basicamente um relacionamento baseado no medo da iminência de um término. E agora, Tom Jobim?

Muita gente, e creio que seja o caso da minha amiga, necessita estar sempre com alguém, queira isso fazendo bem ou não para ela. E desse jeito as feridas só vão aumentar, uma mal cicatriza e outra pessoa já é usada para tapar o buraco da outra e por aí vai...Não creio que isso seja fruto de um sentimento profundo,não mesmo.

Às vezes não sei se é melhor sentir algo do gênero, viver em busca da sensação de um sentimento real ou sentir nada. Acho que o negócio é deixar ir levando, não abrindo demais nem de menos e ver no que dá. Ou simplesmente desistir,sei lá. Essas coisas não deveriam ser assim e a gente faz questão de complicar. O problema todo deve estar aí, nessa tal de complicação. Vai saber.

*Cena do filme: "Closer". (2004)

29 de ago. de 2011

"The end...is just the beginning"


Há umas semanas atrás assisti a um filme chamado "Soul Surfer" (não sei o título em português) e me emocionei do começo ao fim, mais ainda por ter sido contada a história real de uma surfista do Havaí que perdeu o braço num ataque de tubarão enquanto fazia aquilo que mais amava. Apesar disso, Bethany Hamilton deu uma baita de uma lição em muita gente por aí, inclusive em mim, e já conseguiu ganhar títulos mundiais surfando com apenas um braço e muita determinação; todos sabem que os braços são de grande importância para manter o equilíbrio quando se está em pé em cima de uma prancha.

Bethany surfava desde que tinha três anos de idade e desde sempre soube que o surfe era aquilo que ela queria para sua vida, faria-a feliz e realizada. Não quero contar a história toda do filme aqui nem por tudo que ela passou, mas queria deixar aqui o quanto eu fiquei pensando depois que o filme acabou...Como você se sentiria se aquilo que você mais amasse, definisse sua vida inteira fosse ameaçado ou tirado de você de repente? Algo o qual você não teria perspectiva se não estivesse fazendo mais? Se fosse impedido ou não pudesse fazer mais como fazia antes?

Ninguém quer pensar nisso até que tal coisa seja tirada de você. Quando me vi perdida, sem saber o que fazer quando desisti da faculdade que estava fazendo, achava que não tinha mais saída, que não encontraria outra coisa pela qual me interessasse; na verdade não via perspectiva em coisa alguma, mas aí vários outros agravantes fizeram-me sentir dessa forma. Mas mesmo assim, pude enxergar outras possibilidades e pude abrir minha mente pra novas experiências.

Enfim, sempre fui muito indecisa em qualquer coisa que fizesse e com o futuro não seria diferente. Mas no caso de Bethany, ela já sabia desde sempre o que queria pra vida dela, e algo inesperado quase a tirou de seu caminho. E ela não desistiu de surfar, tentou, perdeu, tentou de novo e de novo e de novo...Só desisti uma vez e já me senti péssima, imagine se estivesse no lugar dessa surfista?

Mas são nesses momentos que algo aparece não sei de onde pra te puxar para cima e te mostra que algo bem pior poderia estar acontecendo com você. Foi realmente uma lição que levei desse filme, não apenas no aspecto do meu futuro, carreira, blábláblá, mas em diversos outros aspectos da minha vida os quais eu deveria agir com mais serenidade, perseverança e fé, sentimentos que Bethany possui pra dar e vender.

Antes de achar que tudo está perdido, que você é um loser ou algo do gênero, procure olhar as outras pessoas ao seu redor e veja quantas delas matariam para estar no seu lugar, pra perder o que você perdeu. Uma coisa ser tirada de você não deve significar que tudo acabou; muita gente por aí nunca soube nem o que é "ter". E não deixem de ver o filme.

8 de ago. de 2011

O medo "justificável"


"As pessoas têm cicatrizes. Em todo tipo de lugares inesperados. Como mapas secretos de suas histórias pessoais. Diagramas de todas as suas feridas. A maioria de nossas feridas se curam, não deixando nada além de uma cicatriz. Mas algumas delas não se curam. Algumas feridas nós carregamos conosco para todo lugar e apesar do corte já ter se fechado há muito tempo, a dor ainda permanece.

O que é pior, novas feridas que são terrivelmente dolorosas ou velhas feridas que deveriam ter se curado anos atrás mas nunca o fizeram? Talvez nossas antigas feridas nos ensinem algo. Elas nos lembram de onde estivemos e o que superamos. Elas nos ensinam lições sobre o que evitar no futuro. Isso é o que nós gostamos de pensar. Mas não é assim que as coisas são, não é? Algumas coisas nós simplesmente temos que aprender de novo e de novo e de novo mais uma vez..."

Grey's Anatomy

7 de ago. de 2011

Uma nova perspectiva


Depois de praticamente um ano em banho maria, de molho, seja lá o que for, finalmente vou retornar à plena vida universitária, com tudo que tem direito. É estranho depois de mais de dois anos, começar tudo do zero, ser caloura, novata. É estranho também pensar nisso tudo, estranho demais, no entanto agora é pensar no que vem a seguir, viver um dia de cada vez, com um passo de cada vez, devagar e sempre, pelo menos por enquanto.

Ainda é quase tudo desconhecido pra mim; se já tinha cautela antes pra tudo que eu fazia, agora tenho mais ainda. Já arrisquei demais pra colocar tudo a perder novamente, quero muito que dê certo dessa vez e o que eu puder fazer pra isso acontecer, será feito.

O intercâmbio de alguma forma me ajudou a ter motivação e garra pra enfrentar o que vier. Acho que foram novas perspectivas e vontades que passei a ter que me proveram tais sentimentos, vai saber, mas o fato é que no momento eu me sinto com mais força.

Amanhã começa uma nova etapa na qual nunca imaginei que aconteceria e espero sinceramente que ela seja tão surpreendente quanto foram as coisas que me aconteceram de uns meses para cá. No bom sentindo, logicamente.

Quero agradecer a paciência e a força que muitas pessoas me deram para eu pudesse chegar até onde estou agora. Não é muita coisa, mas já é um bom recomeço. Tenho certeza que o apoio de vocês continuará me ajudando até eu cruzar mais uma linha de chegada. Às vezes mal sei como retribuir, mas eu e o tempo vamos cuidar disso. Vê-los felizes pelas minhas conquistas já me deixa 50% satisfeita.

E que venha a faculdade de Odontologia com seu horário maluco, todas as suas dificuldades e o que quer que seja.
  

27 de jul. de 2011

"The only thing that's real..."



"Beneath the stains of time
The feelings disappear
You are someone else
I am still right here.

What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end.

And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt..."




25 de jul. de 2011

"Homesick"



"I miss that town
I miss their faces
You can't erase
You can't replace it


I miss it now
I can't believe it
So hard to stay
Too hard to leave it
..."


#Photograph - Nickelback

22 de jul. de 2011

"Sem saber que o pra sempre sempre acaba..."


Poucas são as amizades que levo comigo desde que era pequena. Outras fui fazendo ao longo dos anos, mas poucas também duram até hoje e existem vários motivos que podem justificar tudo isso: o efeito do tempo, a distância, brigas, mudança de interesses e outras coisas mais. Porém, para mim outros motivos justificam melhor do que quaisquer outros, como a desistência da pessoa por uma das partes, falta de luta , ausência de interesse no próximo, ou simplesmente porque aquela amizade só serviria para te prejudicar e algo mais forte tratou de te afastar de determinada pessoa ou grupo. 

Colegas, conhecidos, parceiros de farra são vários. Agora vai contar nos dedos da mão quantas pessoas são capazes de sair da própria casa a qualquer hora para te socorrer, onde você estiver, perder aula, um expediente no ou uma reunião importante na faculdade pra simplesmente te escutar e consolar, saber se você está triste ou passando por uma barra só de olhar pra você. São muitas as pessoas que conseguem saber seus pensamentos sem nem ao menos você pronunciar uma sílaba?

Quantidade é uma coisa engraçada nesse aspecto porque já vi muita gente por aí que se diz abençoado por ter milhões de "amigos" mas que não pode chamar nem 5% dessa quantidade de irmãos. Também conheço gente que possui uma turma e tanto e pode contar realmente com todos. É tudo muito relativo, não dá pra generalizar já que cada um tem sua história; a qualidade é o que vale nessa questão.

O problema é quando você dá tudo de si por aquela amizade e simplesmente a outra parte não se importa. Não devemos dar algo pensando na recompensa, não tô dizendo isso, mas creio que em qualquer relacionamento, seja de amizade ou afetivo, deve-se haver trocas constantes, companheirismo, segurança, confiança e vontade de ter sempre aquela pessoa ou grupo perto de você. 

Quantas vezes já ouvi-me dizerem: "Amigos para sempre", "Conta comigo pro que der e vier", "Vamos ficar velhinhos e relembrar nossas aventuras", e coisas do gênero, e ingenuamente acreditei em tudo? Quantas cartinhas, fotos, presentes eu guardo comigo e que foram dadas por pessoas que hoje passam por mim e parecem não mais me conhecer? É tão estranho um dia você ouvir a respeito dos mais pesados problemas de alguém e no outro dia você nem saber como dizer "oi" para a mesma. Culpa minha? Da pessoa? De algo mais? Realmente não sei, hoje simplesmente digo a mim mesma: "Não era pra ser" e sigo em frente. 

É por isso que penso nas pessoas de agora, já me chamaram de imediatista por conta disso, mas já levei demais na cara pra ficar acreditando tanto assim nas pessoas. Não deixo de dar tudo de mim, de mover céus e terras pra ajudar, fazer sorrir e dar bronca quando necessário, mas tento botar na minha cabeça que é um momento muito bom e que pode ter fim cedo ou tarde. Já recebi críticas também, mas hoje sinto raiva da minha pessoa por ter compartilhado tantas coisas com pessoas tão erradas. 

Apesar de tudo isso, tenho que agradecer pelas pessoas que tenho comigo hoje, porque mesmo com a rotina separando-me delas, o reencontro parece apagar todas as semanas e meses separados e isso para mim vale mais do que qualquer pedaço de papel ou declaração. Faço questão de manter as pessoas de hoje constantemente comigo, mas se não tiver de ser, só posso tentar viver os melhores momentos com elas e poder ter a confiança de chorar nos ombros delas quando necessário. Só depois vou saber se o hoje vai perdurar ou não. Mas as pessoas que marcaram, não importa o que passou, levarei sempre comigo.

E se o erro de julgamento foi meu, devo arrumar um jeito de lidar com isso no futuro. Por enquanto tenho apenas essa ferramenta do "presente" pra tentar criar perspectivas futuras.  Pé no chão sempre, Carla.

15 de jul. de 2011

The honeymoon is over




Home (not so) sweet home.

Bem,voltei pro Brasil há menos de uma semana e ainda estou-me acostumando ao fuso horário, à rotina, às pessoas, dentre outras coisas. Confesso que me senti muito mal quando vi toda minha família feliz comemorando a minha volta e tudo o que eu pensava na minha cabeça era: "Quero voltar agora". Choraram de felicidade e eu de tristeza. Saí de um verão maravilhoso pra um inverno de chuva deprimente...

Acho que só quem já passou por uma experiência surreal como a minha sabe do que eu estou falando. Não adianta conversar com amigos ou parentes que nunca fizeram tal coisa, corre-se o risco de magoá-los ou você mesmo se magoar. É complicado,eu sei, mas a vida continua,a vida real tá aí pra ser vivida e tenho de focar em maneiras de enfrentar as coisas das quais estava tentando dar um tempo ou escapar mesmo. E o bom disso tudo é que eu me sinto mais fortalecida para tudo isso.

A saudade é grande demais, minha cabeça ainda está em San Diego, tive aventuras maravilhosas, fiz amizades únicas, ri, chorei, apeguei, desapeguei, vivi tudo intensamente e depois de um longo tempo consegui sentir algo de verdade; pela primeira vez em mais de um ano a sensação de anestesia ficou ausente. Foi como se tivessem-me puxado pra superfície.

Ainda vou escrever uns posts sobre a viagem,até porque mal escrevi nesse tempo que eu fiquei fora e não tinha paciência alguma para o teclado americano, fora a falta de tempo (o isso indica que estava passando muito bem,obrigada). Voltei com a cabeça diferente pra umas coisas, fortaleci meu ponto de vista para outras, enfim. Realmente precisava desse tempo, pude focar só em mim durante um bom tempo e, sem querer sem egoísta, foi uma das melhores coisas as quais eu pude ter.

Por enquanto sem mais comentários, vou organizar melhor as ideias e postagens pra tentar atualizar isto aqui; ainda tenho um tempinho de ócio para tal.

9 de jul. de 2011

It's just the beginning,right?


Time's up guys.It's time to go home...But how can I back home if this place is a home for me now?I'm so sad and so happy and the same time because I had a wonderful and memorable time with you;I'm pretty sure that I will take you with me for the rest of my life,but the sadness is due to the fact that I'm leaving and I'm missing you and San Diego already.

First of all, I wanna say thanks for each one of you,my brazilian friends and foreign friends, my Vantaggio friends, even the staff (hahahaha) and my teachers at Intrax. And second,  please, enjoy this freaking place as I did, even the way I did (hahaha), just do it for me! I'll never forget you.You made me laugh and enjoy my time so bad and I haven't done these for a long time ago,so these are what mattered for me the most.

ADIOS,MOTHERFUCKERS!

PS: Coming back to hell

13 de jun. de 2011

12 de jun. de 2011

All we need is love (?)


Such a big time without writing here...Sometimes I just hadn't enough time,inspiration,a really good internet connection or even some enough strenght. So,here I am doin' this simple post in english cause I hate writing in these american keyboards without using signs and others portuguese staffs.

I still haven't bought my computer,so I have to count on my friend's pc's,but I was missing my blog so bad. The fact that I haven't been writing doens't  mean that everything's perfect here; absolut not. I can't deny that I'm almost in paradise comparing to Brazil,tough. I don't wanna dig anything right now, even write something interesting and important to me or to you guys.

Just wanna leave a message. There it is: Happy fuckin' Valentine's day in Brazil.

29 de abr. de 2011

All this feels strange and untrue


Não quero acordar desse sonho. Ele simplesmente é bom demais pra ser verdade.

- Foto tirada na praia de La Jolla,em San Diego,California.

15 de abr. de 2011

"Vou-me embora pra Pasárgada..."


Como já mencionado aqui, minhas aulas no novo curso de graduação começam só em agosto. Por conta disso, procurei, literalmente, o que fazer nestes meses, buscando a melhor forma de aproveitar tanto tempo livre, porque pra mim não dá ficar de mente vazia, isso ocasionaria até a volta de épocas obscuras. Também andava querendo muito dar um tempo das pessoas daqui, desse lugar. Escapar um pouco desse caos, dessa mesmice, de alguns fantasmas...De tanta coisa pra falar a verdade.

Então,unindo o útil ao agradável, conseguir programar um pequeno intercâmbio até julho, para estudar inglês nos EUA. Além de exercitar a mente aprimorando outra língua, vou ter a chance de conhecer novos lugares, pessoas e viver de uma forma na qual nunca havia vivido antes. Vou tentar extrair tudo de bom dessa viagem e mesmo que hajam as inevitáveis dificuldades, vou fazer de tudo pra driblá-las, pois lá não terei o suporte que ando tendo por aqui.

Parto amanhã de manhã e vou tentar atualizar as coisas por aqui, mostrar as novidades, coisa e tal. Não vejo a hora de mudar de ares, independente do lugar para onde estou indo, só o fato de passar um bom tempo distante pra mim já é lucro. Podia ser no Nepal que eu estaria alegre como estou agora.


 
 

"Mau dia,
Procurando por um caminho para casa,
Procurando por uma grande fuga
Entra em seu carro e dirige por aí
Longe de todas as coisas que somos

Põe um sorriso e inspira, e expira e diz
Tchau para todo o barulho
Oh, ele diz, Tchau tchau para todo o barulho..."

#Patrick Watson - The great escape


8 de abr. de 2011

Hoje é dia de saudade


Há cinco meses minha família perdeu seu elo de ligação, sua "cola", aquela pessoa que sempre conseguiu manter todos nós unidos. Estamos há cinco meses seguindo com nossas vidas, perdidos ainda, mas tentando com o nosso melhor.

Às vezes ainda não acredito que ela não está mais aqui. Penso que à noite, por volta das 20:00 horas, ela vai ligar para me perguntar sobre o meu dia e o que ando fazendo. Quando vou na casa dela, ainda imagino-a sentadinha em sua cama, assistindo televisão. E depois do almoço, fico sem saber o que fazer, já que sempre ia para sua cama tirar um cochilo com ela e conversar sobre tudo. E na hora de ir embora, lembro de todas as vezes nas quais ela mandava eu abrir seu guarda-roupa e pegar a caixa de chocolates que ela havia comprado só para mim. Tantas lembranças, tanta saudade, tanta dor, tanta solidão. Seu cheiro ainda desperta meu olfato quando entro em sua casa.

Só queria saber quando vou poder fazer tudo isso novamente. Só queria sonhar aquele sonho que só ela sabe. Seu abraço foi tão real, sua presença mais ainda. Só queria saber quando terei a chance de vê-la novamente. Olhar por nós de onde ela estiver ainda não é o suficiente, sinto muito dizer isso.

Ela sempre reclamava quando dávamos presentes para ela em alguma ocasião especial. Dizia toda vez que as flores já bastavam. 

4 de abr. de 2011

Alguns dos muitos passos


"Estabeleça a lista do que está errado
As coisas que você tem avisado-o esse tempo todo.
E ore a Deus para que ele te ouça.
E ore a Deus para que ele te ouça.

Onde eu errei? Eu perdi um amigo
Em algum lugar entre a amargura.
Eu poderia ter ficado com você a noite toda
Se eu soubesse como salvar uma vida.

A medida que ele começa a levantar a voz
Você baixa a sua e concede a ele uma útima chance.
Dirija até você perder a estrada
Ou corte caminho pelas que você tem seguido.
Ele fará uma das duas coisas:
Ele admitirá tudo
Ou ele pode dizer que não é mais o mesmo.
E você vai começar a se perguntar por quê você veio.

Onde eu errei? Eu perdi um amigo
Em algum lugar entre a amargura.
Eu poderia ter ficado com você a noite toda
Se eu soubesse como salvar uma vida..."


#The Fray - How to save a life

1 de abr. de 2011

1º de abril


Para não deixar passar em branco o dia da mentira,lembrei de uma que me disseram há um tempo atrás e que me deu esperanças por um bom tempo.Ela não foi dita num 1º de abril para eu ter achado que aquelas palavras não fossem verdadeiras,mas por ser uma mentira tá valendo colocá-la aqui.

Até hoje me lembro dela: "É por essas e outras que eu sei que a gente ainda tem muita coisa pela frente...". Acho que dá pra compreender o motivo de eu ter ficado esperançosa,não?Isso não é nem longe comparada com as outras histórias que não quero nem mencionar; não vale a pena.

A tal da mentira me persegue de um jeito incrível.Persegue todo mundo,lógico,mas cada vez que eu tento me livrar de algumas delas,algo acaba me puxando de volta,mesmo sem querer.E fica tudo mais difícil quando isso envolve mais de uma pessoa.É como se tivessem jogado um abacaxi pra mim e disessem: "Toma que o filho é teu,te vira com isso...". E saber que praticamente não posso levar tudo a tona pois o medo da reação em cadeia que isso geraria é inimaginável.

Pois bem, contem piadinhas, façam pegadinhas no dia de hoje que está tudo bem. Mas, por favor, não façam com alguém que você gosta, ou não, algo do tipo que fizeram e fazem comigo até hoje. O efeito será devastador.

28 de mar. de 2011

Superpoderes,onde estão vocês?



Queria poder arrancar a dor do peito de algumas pessoas nesse momento.Queria poder extrair todos os pensamentos bons e otimistas que passam de vez em quando na minha mente e implantar nessas pessoas.Queria poder abraçá-las com toda a minha força e dizer que tudo vai ficar bem.Queria poder falar aquelas palavras bonitas na hora exata que só os bons escritores sabem.Queria ter o poder de evitar toda a dor que os cerca agora.Queria ter a sabedoria para dar um motivo plausível para essas coisas todas estarem acontecendo.Queria ter fé suficiente para dar força,confortar,dizer para nunca perder fé na vida.Queria ao menos ter força de sobra para distribuir por aí.Mas só o que eu sinto agora é a sensação de impotência.

Dizem que a dor,nas suas variáveis formas,é uma coisa terrível,desumana.Agora posso dizer também que ver alguém seu sentindo dor também dói,e dói muito.Fica-se perdido.Parece que nada que se faça vai ajudar a amenizar esse sofrimento.Aí vem a frustração,a sensação de que devia ter-se feito tal coisa ao invés daquela.

E quando você está bem de espírito,de mente e corpo?Parece que é muito pior,porque o receio de demonstrar a mínima alegria pra quem está sofrendo é enorme.Como se fosse pecado,uma coisa ruim sentir-se feliz quando tem alguém ao seu lado triste.Isso é exatamente o que acontece comigo agora,por situações variadas que prefiro não citar;envolve família,amigos,colegas,nenhum menos importante do que o outro.A agonia de vê-los enlutados,preocupados,sem perspectiva de seguir em frente consegue deixar que eu passe noites em claro,como aconteceu nessas semanas.

Estou ali pra ajudar,sempre.Não importa se estou triste ou feliz;ignoro qualquer sensação minha do momento e me dou por inteiro pra pelo menos poder escutar o que aquela pessoa tem a desabafar.Mas parece que tudo o que eu faço ainda é pouco,por que sinto isso?Será que realmente faço pouco?É coisa da minha cabeça?É a dor alheia me atingindo também?Não,acho que a dor é tão grande que por mais que eu me esforce ela faz questão de permanecer lá,marcando presença.Mas não desisto,porque esse sentimento pode fazer coisas terríveis com pessoas tão boas que faço questão de contribuir para eliminá-lo,por mais que seja difícil e frustrante para mim.

Às vezes eu prefiro ficar lidando com a minha tristeza de sempre,mas ter o prazer de ver as minhas pessoas felizes do que estar bem vendo tanta coisa ruim acontecendo.Queria ter essa opção de troca de às vezes.Principalmente agora.

20 de mar. de 2011

Just a fuckin' dream


Vejo você quase todas as noites.Sua presença é tão real,parece que você ainda está aqui,não partiu pra sua viagem.Chego até a me perguntar no sonho como é possível te ter ao meu lado se há algum tempo você nos deixou aqui.Fico preocupada com isso,mas a felicidade da sua presença me faz esquecer a realidade.É tudo tão bom,sinto aquela sensação de segurança novamente,não me sinto mais só.Sinto que tudo vai ficar bem de novo.

Mas aí algo me desperta e eu vejo que tudo não passou de mais um mero sonho.E o presente me atinge em cheio,vem uma tristeza enorme preencher o vazio que há pouco parecia preenchido da forma certa,da forma que deveria acontecer.Às vezes,antes mesmo de acordar,sinto a realidade se apresentar,como aquele estraga prazer de sempre.

Pra que sonhar com coisas tão boas se depois somos impedidos de desfrutar dessa felicidade por conta do despertar?Às vezes,tenho vontade de dormir para sempre só pra não sentir tanta saudade e solidão depois que acordar.

Sonhos traiçoeiros,por que sempre me dão algo de bom para depois tomar tão bruscamente?Por que me fazes sofrer tanto?Por que não me deixa ver coisas banais ou até mesmo ter pesadelos?Ou não ver coisa alguma?Lembrar de nada no outro dia?Tudo isso só pra ter um pouco de paz no meio desse caos que se denomina "estar acordado".

Às vezes tenho vontade de sonhar eternamente.E às vezes eu prefiro nem dormir.

19 de mar. de 2011

Onde achar sua paz



"Quando estou completamente sozinho
E não há mais ninguém por lá esperando no telefone
Para me lembrar que ainda estou aqui.

Quando as sombras pintam as cenas
Onde os refletores costumam falhar
E eu me deixo pensar:
Isso tudo realmente vale a pena?

Existe uma paz dentro de nós
Deixe Ela ser sua amiga
Isto ajudará você a aguentar.
No final das contas
Existe uma paz dentro de todos nós.

A vida pode te colocar pra baixo quando você não estiver prestando atenção
Você pode pode ouvir estes sons de corações batendo forte.
Embora os nomes mudem
No fundo nós somos todos iguais.
Por que não podemos derrubar essas paredes
E mostrar as cicatrizes que estamos cobrindo?

Pois existe uma paz dentro de todos nós
Eu disse para você deixá-la ser sua amiga
Ela não pode ser?..."