Como já mencionado aqui, minhas aulas no novo curso de graduação começam só em agosto. Por conta disso, procurei, literalmente, o que fazer nestes meses, buscando a melhor forma de aproveitar tanto tempo livre, porque pra mim não dá ficar de mente vazia, isso ocasionaria até a volta de épocas obscuras. Também andava querendo muito dar um tempo das pessoas daqui, desse lugar. Escapar um pouco desse caos, dessa mesmice, de alguns fantasmas...De tanta coisa pra falar a verdade.
Então,unindo o útil ao agradável, conseguir programar um pequeno intercâmbio até julho, para estudar inglês nos EUA. Além de exercitar a mente aprimorando outra língua, vou ter a chance de conhecer novos lugares, pessoas e viver de uma forma na qual nunca havia vivido antes. Vou tentar extrair tudo de bom dessa viagem e mesmo que hajam as inevitáveis dificuldades, vou fazer de tudo pra driblá-las, pois lá não terei o suporte que ando tendo por aqui.
Parto amanhã de manhã e vou tentar atualizar as coisas por aqui, mostrar as novidades, coisa e tal. Não vejo a hora de mudar de ares, independente do lugar para onde estou indo, só o fato de passar um bom tempo distante pra mim já é lucro. Podia ser no Nepal que eu estaria alegre como estou agora.
Há cinco meses minha família perdeu seu elo de ligação, sua "cola", aquela pessoa que sempre conseguiu manter todos nós unidos. Estamos há cinco meses seguindo com nossas vidas, perdidos ainda, mas tentando com o nosso melhor.
Às vezes ainda não acredito que ela não está mais aqui. Penso que à noite, por volta das 20:00 horas, ela vai ligar para me perguntar sobre o meu dia e o que ando fazendo. Quando vou na casa dela, ainda imagino-a sentadinha em sua cama, assistindo televisão. E depois do almoço, fico sem saber o que fazer, já que sempre ia para sua cama tirar um cochilo com ela e conversar sobre tudo. E na hora de ir embora, lembro de todas as vezes nas quais ela mandava eu abrir seu guarda-roupa e pegar a caixa de chocolates que ela havia comprado só para mim. Tantas lembranças, tanta saudade, tanta dor, tanta solidão. Seu cheiro ainda desperta meu olfato quando entro em sua casa.
Só queria saber quando vou poder fazer tudo isso novamente. Só queria sonhar aquele sonho que só ela sabe. Seu abraço foi tão real, sua presença mais ainda. Só queria saber quando terei a chance de vê-la novamente. Olhar por nós de onde ela estiver ainda não é o suficiente, sinto muito dizer isso.
Ela sempre reclamava quando dávamos presentes para ela em alguma ocasião especial. Dizia toda vez que as flores já bastavam.
Para não deixar passar em branco o dia da mentira,lembrei de uma que me disseram há um tempo atrás e que me deu esperanças por um bom tempo.Ela não foi dita num 1º de abril para eu ter achado que aquelas palavras não fossem verdadeiras,mas por ser uma mentira tá valendo colocá-la aqui.
Até hoje me lembro dela: "É por essas e outras que eu sei que a gente ainda tem muita coisa pela frente...". Acho que dá pra compreender o motivo de eu ter ficado esperançosa,não?Isso não é nem longe comparada com as outras histórias que não quero nem mencionar; não vale a pena.
A tal da mentira me persegue de um jeito incrível.Persegue todo mundo,lógico,mas cada vez que eu tento me livrar de algumas delas,algo acaba me puxando de volta,mesmo sem querer.E fica tudo mais difícil quando isso envolve mais de uma pessoa.É como se tivessem jogado um abacaxi pra mim e disessem: "Toma que o filho é teu,te vira com isso...". E saber que praticamente não posso levar tudo a tona pois o medo da reação em cadeia que isso geraria é inimaginável.
Pois bem, contem piadinhas, façam pegadinhas no dia de hoje que está tudo bem. Mas, por favor, não façam com alguém que você gosta, ou não, algo do tipo que fizeram e fazem comigo até hoje. O efeito será devastador.