29 de ago. de 2011

"The end...is just the beginning"


Há umas semanas atrás assisti a um filme chamado "Soul Surfer" (não sei o título em português) e me emocionei do começo ao fim, mais ainda por ter sido contada a história real de uma surfista do Havaí que perdeu o braço num ataque de tubarão enquanto fazia aquilo que mais amava. Apesar disso, Bethany Hamilton deu uma baita de uma lição em muita gente por aí, inclusive em mim, e já conseguiu ganhar títulos mundiais surfando com apenas um braço e muita determinação; todos sabem que os braços são de grande importância para manter o equilíbrio quando se está em pé em cima de uma prancha.

Bethany surfava desde que tinha três anos de idade e desde sempre soube que o surfe era aquilo que ela queria para sua vida, faria-a feliz e realizada. Não quero contar a história toda do filme aqui nem por tudo que ela passou, mas queria deixar aqui o quanto eu fiquei pensando depois que o filme acabou...Como você se sentiria se aquilo que você mais amasse, definisse sua vida inteira fosse ameaçado ou tirado de você de repente? Algo o qual você não teria perspectiva se não estivesse fazendo mais? Se fosse impedido ou não pudesse fazer mais como fazia antes?

Ninguém quer pensar nisso até que tal coisa seja tirada de você. Quando me vi perdida, sem saber o que fazer quando desisti da faculdade que estava fazendo, achava que não tinha mais saída, que não encontraria outra coisa pela qual me interessasse; na verdade não via perspectiva em coisa alguma, mas aí vários outros agravantes fizeram-me sentir dessa forma. Mas mesmo assim, pude enxergar outras possibilidades e pude abrir minha mente pra novas experiências.

Enfim, sempre fui muito indecisa em qualquer coisa que fizesse e com o futuro não seria diferente. Mas no caso de Bethany, ela já sabia desde sempre o que queria pra vida dela, e algo inesperado quase a tirou de seu caminho. E ela não desistiu de surfar, tentou, perdeu, tentou de novo e de novo e de novo...Só desisti uma vez e já me senti péssima, imagine se estivesse no lugar dessa surfista?

Mas são nesses momentos que algo aparece não sei de onde pra te puxar para cima e te mostra que algo bem pior poderia estar acontecendo com você. Foi realmente uma lição que levei desse filme, não apenas no aspecto do meu futuro, carreira, blábláblá, mas em diversos outros aspectos da minha vida os quais eu deveria agir com mais serenidade, perseverança e fé, sentimentos que Bethany possui pra dar e vender.

Antes de achar que tudo está perdido, que você é um loser ou algo do gênero, procure olhar as outras pessoas ao seu redor e veja quantas delas matariam para estar no seu lugar, pra perder o que você perdeu. Uma coisa ser tirada de você não deve significar que tudo acabou; muita gente por aí nunca soube nem o que é "ter". E não deixem de ver o filme.

8 de ago. de 2011

O medo "justificável"


"As pessoas têm cicatrizes. Em todo tipo de lugares inesperados. Como mapas secretos de suas histórias pessoais. Diagramas de todas as suas feridas. A maioria de nossas feridas se curam, não deixando nada além de uma cicatriz. Mas algumas delas não se curam. Algumas feridas nós carregamos conosco para todo lugar e apesar do corte já ter se fechado há muito tempo, a dor ainda permanece.

O que é pior, novas feridas que são terrivelmente dolorosas ou velhas feridas que deveriam ter se curado anos atrás mas nunca o fizeram? Talvez nossas antigas feridas nos ensinem algo. Elas nos lembram de onde estivemos e o que superamos. Elas nos ensinam lições sobre o que evitar no futuro. Isso é o que nós gostamos de pensar. Mas não é assim que as coisas são, não é? Algumas coisas nós simplesmente temos que aprender de novo e de novo e de novo mais uma vez..."

Grey's Anatomy

7 de ago. de 2011

Uma nova perspectiva


Depois de praticamente um ano em banho maria, de molho, seja lá o que for, finalmente vou retornar à plena vida universitária, com tudo que tem direito. É estranho depois de mais de dois anos, começar tudo do zero, ser caloura, novata. É estranho também pensar nisso tudo, estranho demais, no entanto agora é pensar no que vem a seguir, viver um dia de cada vez, com um passo de cada vez, devagar e sempre, pelo menos por enquanto.

Ainda é quase tudo desconhecido pra mim; se já tinha cautela antes pra tudo que eu fazia, agora tenho mais ainda. Já arrisquei demais pra colocar tudo a perder novamente, quero muito que dê certo dessa vez e o que eu puder fazer pra isso acontecer, será feito.

O intercâmbio de alguma forma me ajudou a ter motivação e garra pra enfrentar o que vier. Acho que foram novas perspectivas e vontades que passei a ter que me proveram tais sentimentos, vai saber, mas o fato é que no momento eu me sinto com mais força.

Amanhã começa uma nova etapa na qual nunca imaginei que aconteceria e espero sinceramente que ela seja tão surpreendente quanto foram as coisas que me aconteceram de uns meses para cá. No bom sentindo, logicamente.

Quero agradecer a paciência e a força que muitas pessoas me deram para eu pudesse chegar até onde estou agora. Não é muita coisa, mas já é um bom recomeço. Tenho certeza que o apoio de vocês continuará me ajudando até eu cruzar mais uma linha de chegada. Às vezes mal sei como retribuir, mas eu e o tempo vamos cuidar disso. Vê-los felizes pelas minhas conquistas já me deixa 50% satisfeita.

E que venha a faculdade de Odontologia com seu horário maluco, todas as suas dificuldades e o que quer que seja.