22 de jul. de 2011

"Sem saber que o pra sempre sempre acaba..."


Poucas são as amizades que levo comigo desde que era pequena. Outras fui fazendo ao longo dos anos, mas poucas também duram até hoje e existem vários motivos que podem justificar tudo isso: o efeito do tempo, a distância, brigas, mudança de interesses e outras coisas mais. Porém, para mim outros motivos justificam melhor do que quaisquer outros, como a desistência da pessoa por uma das partes, falta de luta , ausência de interesse no próximo, ou simplesmente porque aquela amizade só serviria para te prejudicar e algo mais forte tratou de te afastar de determinada pessoa ou grupo. 

Colegas, conhecidos, parceiros de farra são vários. Agora vai contar nos dedos da mão quantas pessoas são capazes de sair da própria casa a qualquer hora para te socorrer, onde você estiver, perder aula, um expediente no ou uma reunião importante na faculdade pra simplesmente te escutar e consolar, saber se você está triste ou passando por uma barra só de olhar pra você. São muitas as pessoas que conseguem saber seus pensamentos sem nem ao menos você pronunciar uma sílaba?

Quantidade é uma coisa engraçada nesse aspecto porque já vi muita gente por aí que se diz abençoado por ter milhões de "amigos" mas que não pode chamar nem 5% dessa quantidade de irmãos. Também conheço gente que possui uma turma e tanto e pode contar realmente com todos. É tudo muito relativo, não dá pra generalizar já que cada um tem sua história; a qualidade é o que vale nessa questão.

O problema é quando você dá tudo de si por aquela amizade e simplesmente a outra parte não se importa. Não devemos dar algo pensando na recompensa, não tô dizendo isso, mas creio que em qualquer relacionamento, seja de amizade ou afetivo, deve-se haver trocas constantes, companheirismo, segurança, confiança e vontade de ter sempre aquela pessoa ou grupo perto de você. 

Quantas vezes já ouvi-me dizerem: "Amigos para sempre", "Conta comigo pro que der e vier", "Vamos ficar velhinhos e relembrar nossas aventuras", e coisas do gênero, e ingenuamente acreditei em tudo? Quantas cartinhas, fotos, presentes eu guardo comigo e que foram dadas por pessoas que hoje passam por mim e parecem não mais me conhecer? É tão estranho um dia você ouvir a respeito dos mais pesados problemas de alguém e no outro dia você nem saber como dizer "oi" para a mesma. Culpa minha? Da pessoa? De algo mais? Realmente não sei, hoje simplesmente digo a mim mesma: "Não era pra ser" e sigo em frente. 

É por isso que penso nas pessoas de agora, já me chamaram de imediatista por conta disso, mas já levei demais na cara pra ficar acreditando tanto assim nas pessoas. Não deixo de dar tudo de mim, de mover céus e terras pra ajudar, fazer sorrir e dar bronca quando necessário, mas tento botar na minha cabeça que é um momento muito bom e que pode ter fim cedo ou tarde. Já recebi críticas também, mas hoje sinto raiva da minha pessoa por ter compartilhado tantas coisas com pessoas tão erradas. 

Apesar de tudo isso, tenho que agradecer pelas pessoas que tenho comigo hoje, porque mesmo com a rotina separando-me delas, o reencontro parece apagar todas as semanas e meses separados e isso para mim vale mais do que qualquer pedaço de papel ou declaração. Faço questão de manter as pessoas de hoje constantemente comigo, mas se não tiver de ser, só posso tentar viver os melhores momentos com elas e poder ter a confiança de chorar nos ombros delas quando necessário. Só depois vou saber se o hoje vai perdurar ou não. Mas as pessoas que marcaram, não importa o que passou, levarei sempre comigo.

E se o erro de julgamento foi meu, devo arrumar um jeito de lidar com isso no futuro. Por enquanto tenho apenas essa ferramenta do "presente" pra tentar criar perspectivas futuras.  Pé no chão sempre, Carla.

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